06 janeiro 2018

Daqui onde me encontro

A chuva bate nos vidros e Grieg toca para mim  enquanto procuro o livro certo para levar a Cracóvia, "Perguntem a Sara Gross" não seria desadequado, as cadelas correm lá fora, felizes, à chuva, o vento é cada vez mais forte, gosto de ver as minhas árvores a ser fustigadas assim, sirvo-me do meu novo amor de malte, fecho os olhos, se esta não é uma má vida por que estou prestes a fugir dela?

5 comentários:

  1. A resposta é simples, Tio Pipoco; porque quem não trabuca, não manduca, não será?...
    Vai até à Polónia?...Boa viagem.

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  2. Cláudia Filipa6.1.18

    Sim, o mais fácil, e, pensando melhor, talvez "fácil" nem seja a palavra certa, quando nos dá prazer, quando nos sentimos bem com o que nos circunda, ficar, apenas ficar, embora conscientes do tanto mais que existe para além do nosso pedaço de paraíso, é uma coisa que tende a acontecer, sim.
    Mas, isso, isso de que nos está agora a falar, não é fugir, pois não? É que eu acho, que é muito mais ter tido, desde cedo, bem presente, para além da consciência, a vivência do tal tanto mais que existe (bolas! não um, nem dois, mas sete, sete vezes Interrail! Não me esqueço disto...) e uma vontade de conhecer ter-se-á entranhado, e fez nascer no homem o quase permanente desassossego, que o leva a partir, certo, porém, que o seu pedaço de paraíso manter-se-á, pronto a recebê-lo, a cada regresso.
    (e eu admiro tanto, mas tanto, esse desassossego)

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  3. Dom Pipoco, como o senhor é preconceituoso, eu hein?

    Trabalhar, toda a gente trabalha, não acha? Não gostou? Fez mal! Muito mal...

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  4. Anónimo7.1.18

    Se tiver coragem Czesław Miłosz - A tomada do Poder.
    Desta vez são menos de 200 paginas, pronto.
    sc

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  5. Anónimo10.1.18

    Recomenda esse livro?

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